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Manifesto Social sobre a Realidade da Educação no Brasil

Manifesto Social sobre a Realidade da Educação do Brasil

Nós, alunos do Colégio Barroco Lopes, Macaé, Rio de Janeiro, preocupados com o rumo da educação brasileira e o nosso futuro, estamos nos unindo em torno de um objetivo: melhorar a qualidade do ensino. Queremos mobilizar a sociedade brasileira para que juntos busquemos soluções para a baixa qualidade do ensino que vem atormentando a vida de muitos brasileiros.

Pela pesquisa realizada sobre os dados do Brasil no ranking mundial da educação, obtivemos a seguinte posição: num relatório realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o Brasil ficou na 60ª posição. Os países asiáticos estão no topo da lista. A pesquisa revelou uma lástima em relação à educação mediante ao pouco investimento que se tem nesse setor num país cheio de contrastes sociais e econômicos.

Dentro dessa dinâmica nos deparamos com uma realidade em relação ás quedas de vendas de produtos como automóveis, eletrodomésticos ou construção civil. Quando despencam e amornam o mercado financeiro, os empresários dos ramos entram em cena pedindo soluções do governo, os impostos são reduzidos, e as vendas reaquecem.

A nossa maior frustração é que não criamos nada em termos de tecnologia de ponta. O automóvel, a informática, o maquinário agrícola, o da construção de estradas têm as mãos e as características americana, japonesa, coreana, além dos países que compõem a Europa Ocidental. Fica uma pergunta no ar: onde está a nossa capacidade de criar?

A TV Globo em um gesto de esperança, abriu seu espaço nos telejornais as vésperas das eleições com a finalidade de permitir que a sociedade possa manifestar o seu desejo de sobrevivência como cidadão exprimindo seus anseios e desejos para o país. Porém, o tempo é curto, não tendo espaço suficiente para que cada cidadão possa expor as suas angústias e agruras em relação ao que podemos esperar a partir de outubro de 2018.

Recentes pesquisas sobre o que é de maior valia na vida, a sociedade revelou que grande parte dos entrevistados está preocupada com a saúde e a segurança.

Os dois pilares são de extrema importância, mas acreditamos que só a educação, juntamente com a inclusão do esporte (que promove a socialização, impõem regras, limites, respeito, solidariedade) é capaz de mudar esse cenário terrível que estamos passando. Quantos e quantos atletas com potencial de alto rendimento se enveredaram para a criminalidade por falta de oportunidade!

Reiteramos que a formação de nossos profissionais não é adequada para os padrões globais. O que queremos e precisamos é de bons médicos, de profissionais com melhor formação acadêmica e de políticos que tenham a sensibilidade, coragem e patriotismo para investir na educação.

Investir em educação reflete em dar aos estudantes e suas famílias o poder de adquirir, com dignidade, o material escolar com impostos e tributos reduzidos com que a relevância da educação deve ser reconhecida. Uma pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo mostrou que até 50% dos valores dos artigos de papelaria são para impostos. São alíquotas muito altas para produtos imprescindíveis que não podem faltar em sala de aula como caneta, régua, mochilas, tesoura, livros, material tecnológico... E vai além: dar condições aos nossos cientistas a fim que permaneçam em nosso país produzindo. Isso sem esquecer na construção de novas escolas e não de presídios.

Na vida tudo é consequência, e a consequência de uma sociedade instruída, consciente, educada e praticante de esportes, certamente a saúde estará fortalecida e os hospitais vazios; a criminalidade drasticamente será reduzida; e a economia saudável. Somente a educação é capaz de transformar e dar dignidade.

Entrevistando o diretor da nossa escola sobre o seu olhar avaliativo da nossa educação nos revelou que o ideal seria ter exclusividade do professor na escola para que pudesse investir com maior intensidade em treinamentos, cursos, capacitação, etc. Entretanto, segundo o diretor, o profissional para sobreviver, leciona em várias outras escolas, não tendo tempo suficiente para qualificação necessária. Outra questão levantada é a alta carga tributária e a inadimplência (que a lei permite) concorrem a uma remuneração injusta aos profissionais não podendo assim, fidelizá-los à escola como também boa parte da sociedade não prioriza a educação na sua total grandeza.

Dentro da perspectiva apresentada, convocamos, conclamamos a sociedade brasileira a bradar por uma melhor educação, pois é aqui, BRASIL, que queremos constituir nossas famílias, onde possamos viver com dignidade e dar aos nossos filhos e netos um país de prosperidade. Nós acreditamos na educação!

Alunos do 3° ano do Ensino Médio — Colégio Barroco Lopes.


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